Na véspera do Dia Mundial do Cancro do ovário, que se assinala a 8 de maio, a Liga Portuguesa contra o Cancro deixa o alerta, chamando a atenção para os sinais e sintomas e a necessidade de consultas regulares com um médico especialista.
“De acordo com dados de 2016, 357 mulheres morreram por cancro do ovário em Portugal, cerca de 30 por mês, o que torna este um dos tipos de cancro mais mortal no sexo feminino”, frisa a LPCC em comunicado.
Os sintomas que tem de saber
Esta doença apresenta sintomas que são frequentemente atribuídos a outras causas o que permite que o tumor se desenvolva e reduzindo as probabilidades de sobrevivência. Os dados científicos confirmam: um diagnóstico da doença no Estádio I tem uma probabilidade de sobrevivência a 5 anos de 92%. No Estádio IV, a percentagem não vai além dos 29%.
As mulheres devem estar atentas a estes sintomas e, se persistirem, deve consultar um médico especialista
De facto, os sintomas do cancro do ovário podem ser vagos, especialmente nas fases iniciais da doença e não são específicos desta doença. “Os sintomas mais comuns são o inchaço contínuo, sensação de enfartamento, dor abdominal ou pélvica, necessidade urgente e frequente de urinar, facilmente associados a outros problemas, que as mulheres podem ter tendência a desvalorizar”, explica a LPCC.
“As mulheres devem estar atentas a estes sintomas e, se persistirem, deve consultar um médico especialista”, alerta a LPCC.
Apesar de todas as mulheres do mundo estarem em risco de desenvolver cancro do ovário, existem fatores de risco associados, como a idade (a incidência aumenta com o passar dos anos e a maioria dos casos ocorre após a menopausa), fatores reprodutivos e endócrinos, ambientais, obesidade e a predisposição genética (história familiar da doença).
Aqui, destaca-se uma herança genética específica, associada às mutações dos genes BRCA1 e BRCA2. Segundo os dados existentes, até 39% das mulheres que herdam uma mutação do gene BRCA1 têm maior probabilidade de desenvolver cancro no ovário até aos 70 anos, o mesmo acontecendo para 11 a 17% das que herdam uma mutação do gene BRCA2.