Um foco da traça da batata da Guatemala, que se espalhou por 33 municípios da Galiza, foi detetado a apenas 60 quilómetros do Minho, no município de Ourense.
O último foco da traça da batata da Guatemala foi identificado em Ourense, a apenas 60 quilómetros do Minho.
Segundo escreve o jornal El País, as autoridades galegas não estão a conseguir controlar o inseto, que facilmente percorre longas distâncias, e temem “repercussões económicas desastrosas para o setor”.
De acordo com o referido jornal, os tratamentos aplicados pelos agentes sanitários estão longe de ser eficazes e por isso as autoridades da Galiza mandaram destruir mais de 400 toneladas de batata. Pelo menos 1.323 agricultores já foram indemnizados.
Victor Novo, chefe do Serviço de Saúde e Produção Vegetal da Xunta de Galicia, diz ao jornal espanhol que “há motivos para preocupação”, tendo em conta que a Galiza é uma grande produtora de batata. Segundo dados espanhós, o país produziu 117,8 milhões de quilos de batata em 2017.
“Devemos ter medo”
Os estragos junto dos produtores de batata levaram o Governo autónomo da região vizinha – a Xunta da Galicia – a emitir um decreto recentemente que estabelece também novas regras no processo de indemnização. “Com este cenário, devemos ter medo”, assevera Victor Novo.
Desde 1999 que as ilhas espanholas das Canárias, e mais recentemente as Astúrias, reportavam a existência da traça da Guatemala – uma larva que se desenvolve dentro da batata, destruindo todo o seu miolo.
Em 2015, foram reportados os primeiros casos do inseto na Galiza, uma região espanhola a norte de Portugal.